Em um comunicado conjunto, as instituições pedem que os agentes de segurança pública sejam obrigados a utilizar câmeras corporais, a fim de garantir a transparência e a prestação de contas em suas ações. Além disso, também demandam uma perícia e investigação independentes, rápidas e imparciais sobre as mortes decorrentes da operação.
O documento foi assinado pela Defensoria Pública, assim como pelas ONGs Conectas Direitos Humanos e pelo Instituto Vladimir Herzog. As organizações apresentaram à ONU um histórico detalhado da chamada Operação Escudo, deflagrada no ano passado, ressaltando que pelo menos nove pessoas perderam suas vidas entre 20 de janeiro e 9 de fevereiro.
O pedido de intervenção internacional reforça a gravidade da situação e a preocupação das entidades com o cumprimento dos direitos humanos no Brasil. A atuação da ONU, nesse sentido, pode ser crucial para pressionar as autoridades brasileiras a agirem de acordo com os padrões internacionais de direitos humanos.
A Defensoria Pública e as organizações de direitos humanos esperam que a ação da ONU resulte em medidas concretas por parte do Estado brasileiro, a fim de evitar mais mortes e garantir que as operações policiais sejam realizadas de forma legítima e respeitando os direitos fundamentais dos cidadãos. O apoio internacional pode ser determinante para a busca por justiça e transparência nas ações policiais no Brasil.