O procurador-geral da República, que antes havia pedido o arquivamento por falta de provas nos inquéritos abertos contra os deputados, agora defende que a ação contra Jefferson continue tramitando no STF. Segundo ele, as ações do ex-deputado podem ser vistas como “elo relevante nessa engrenagem que resultou nos atos violentos de 8 de janeiro”.
Essa mudança de posição do procurador-geral da República, que antes estava ligado ao governo Bolsonaro, causou surpresa e levantou questionamentos sobre a influência política nas decisões judiciais. Tales Faria, colunista do UOL, expressou essa surpresa ao comentar que mudou tudo. Antes do Gonet, havia o Aras, ligado ao governo Bolsonaro, e agora o jogo virou.
Essa mudança de posição do procurador-geral da República foi alvo de críticas do colunista Josias de Souza, que afirmou “não fazer sentido” o STF continuar cuidando do processo de Roberto Jefferson. Ele também avalia que Gonet precisa explicar de forma mais clara a ligação que vê entre o ex-deputado e os atos golpistas de 8 de janeiro.
A decisão de Gonet de concordar com a manutenção da ação contra Jefferson no STF gerou debates e controvérsias, levantando a questão de como as instituições estão lidando com casos de ataques às instituições democráticas. A expectativa é que as investigações continuem e que não haja mais acobertamentos, especialmente considerando o contexto político atual e a polarização que tem marcado o país.
O caso de Roberto Jefferson destaca a importância de um judiciário independente e imparcial, capaz de lidar com casos de ataques às instituições democráticas de forma justa e transparente. A decisão de Gonet e as reações a ela reforçam a necessidade de um debate público sobre a independência do judiciário e a preservação do Estado de Direito.