Crise no Chile: Protestos violentos em Santiago levam governo a revogar aumento nas passagens do metrô, mas conflitos persistem

No mês de outubro de 2019, o Chile foi palco de uma série de protestos que abalaram a capital, Santiago. O estopim para as manifestações foi o aumento de 30 pesos na tarifa do metrô, o equivalente a cerca de 18 centavos de real. O que começou como um protesto contra o aumento nas passagens logo evoluiu para confrontos violentos entre a população e as forças policiais.

Durante vários dias consecutivos, milhões de chilenos ocuparam as ruas da cidade para expressar sua insatisfação com a medida. Estações de metrô foram depredadas, linhas foram paralisadas e a circulação dos trens chegou a ser suspensa devido aos tumultos. Pressionado pelos protestos, o presidente Sebastián Piñera decidiu revogar o aumento nas passagens, mas isso não foi suficiente para acalmar os ânimos.

Os confrontos entre manifestantes e policiais se intensificaram, levando o governo a declarar Estado de Emergência e enviar o exército às ruas de Santiago pela primeira vez desde a ditadura de Pinochet. Barricadas foram montadas e a violência se espalhou por vários pontos da capital chilena. A revolta popular se fortaleceu a ponto de exigir não apenas a revogação do aumento no metrô, mas também uma nova Constituição para o país.

Os protestos no Chile ganharam repercussão internacional devido à escalada de violência e à magnitude das manifestações. Imagens de confrontos, bombas de gás lacrimogêneo e manifestantes lançando pedras contra as autoridades se espalharam pelas redes sociais e pelos noticiários em todo o mundo. A crise política e social que se instaurou no país sul-americano deixou marcas profundas e despertou a atenção da comunidade internacional para a situação dos chilenos e exigências de mudanças estruturais na sociedade.

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