O fato de Lula ter estendido o tapete vermelho do Planalto para o presidente venezuelano em maio, em meio a críticas e controvérsias, eleva sua responsabilidade na resolução desse conflito. Sua afinidade ideológica com Caracas aumenta a expectativa de uma atuação eficaz. No entanto, as declarações de Lula sobre a ditadura na Venezuela e o conceito de democracia relativo têm gerado questionamentos sobre a postura do Brasil em relação à crise.
A situação se torna ainda mais delicada para Lula, pois ele não pode mais culpar duas partes pelo conflito. Agora, o nome da encrenca é Nicolás Maduro, o que inevitavelmente coloca o ex-presidente em uma posição de ter que lidar com a situação de forma mais direta. A pressão para que ele atue e resolva a crise é cada vez maior, já que o Brasil voltou a ser visto como uma potência regional que pode e deve intervir em questões desse tipo.
A incerteza sobre como Lula irá conduzir essa situação é crescente. As expectativas em relação à sua liderança natural como presidente do Brasil estão em alta, mas as dúvidas sobre sua postura diante do conflito são evidentes. A pergunta que paira no ar é: o Brasil voltou para quê? Essa questão reflete a incerteza sobre o papel do país e de seu ex-presidente em situações de crise internacional.
A pressão sobre Lula é clara, e a expectativa é de que ele assuma uma postura ativa e eficaz na resolução desse conflito. A comunidade internacional, os vizinhos e até mesmo os próprios brasileiros aguardam uma atuação decisiva, colocando-o sob os holofotes e exigindo que ele defina o papel do Brasil e seu próprio papel nesse cenário controverso.