Crise diplomática entre Israel e EUA prejudica negociações de paz com o Hamas na Faixa de Gaza

A crise entre Israel e os Estados Unidos tem se intensificado desde que Israel iniciou sua resposta aos ataques de 7 de outubro. A pressão norte-americana está focada no chamado “dia seguinte”, ou seja, nas ações que Israel pretende tomar na Faixa de Gaza, na administração do território e na solução do conflito com os palestinos de forma mais ampla.

Após mais de cinco meses de guerra, o governo de Benjamin Netanyahu ainda não conseguiu dar respostas a essas questões cruciais. A administração de Joe Biden e parte da população israelense acreditam que Netanyahu está evitando tomar decisões para não desagradar os setores mais radicais de sua coalizão e evitar possíveis novas eleições.

Essa tensão atingiu um novo patamar com o discurso contundente do líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, o Democrata Chuck Schumer. Schumer classificou Netanyahu como um “obstáculo para a paz” e pediu ao presidente de Israel, Isaac Herzog, que convoque novas eleições. Como o judeu americano de maior destaque na política dos EUA, Schumer chamou a atenção para a insatisfação generalizada em relação à postura de Netanyahu.

O presidente Joe Biden respaldou o discurso de Schumer, afirmando que ele expressou preocupações sérias compartilhadas por muitos norte-americanos. Essa situação evidencia a pressão que Israel está sofrendo da parte de seu principal aliado internacional, os Estados Unidos, para que tome medidas concretas em relação ao conflito com os palestinos.

Enquanto isso, internamente em Israel, há divergências sobre a melhor abordagem em relação ao Hamas e ao processo de paz. Alguns defendem a necessidade de flexibilizar posições para chegar a um acordo, enquanto outros desconfiam das reais intenções do grupo Hamas. Essa discordância tem gerado debates acalorados no gabinete de segurança israelense, evidenciando a complexidade da situação atual no país.

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