CPMI vota relatório final que pede indiciamento de Bolsonaro e mais 60 pessoas por invasão aos Poderes

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) responsável pela investigação da invasão e depredação das sedes dos três Poderes no dia 8 de janeiro, se reuniu nesta quarta-feira (18) para votar o relatório final, elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

O documento, que possui 1.333 páginas e foi apresentado na última terça-feira (17), solicita o indiciamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e de outras 60 pessoas por crimes cometidos durante os ataques.

De acordo com a relatora, Jair Bolsonaro é acusado de associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Caso seja condenado, o ex-presidente pode receber penas que somam até 29 anos de prisão.

Além de Bolsonaro, o relatório também solicita o indiciamento dos generais Braga Netto, Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, que ocuparam os cargos de ministros da Defesa, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Secretaria-Geral da Presidência da República, respectivamente.

A CPMI foi instaurada a fim de investigar os eventos ocorridos no dia 8 de janeiro, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Durante os ataques, ocorreram confrontos com a polícia, depredação do patrimônio público e ameaças à integridade física de autoridades.

O relatório de Eliziane Gama é considerado uma etapa importante para a conclusão dos trabalhos da CPMI e representa um passo significativo para a responsabilização das pessoas envolvidas nos atos de violência contra as instituições democráticas.

A apresentação do relatório despertou expectativas e gerou reações tanto na opinião pública quanto no meio político. Os argumentos e evidências apresentados no documento indicam a existência de crimes graves cometidos pelos envolvidos nos ataques, o que pode resultar em consequências jurídicas significativas para todos os citados.

A votação do relatório final marca o encerramento da fase de investigação da CPMI. Após a aprovação do documento, os próximos passos incluem o encaminhamento do relatório às autoridades competentes e o início do processo judicial contra os envolvidos.

Em um momento crucial para a democracia brasileira, a conclusão da investigação da CPMI representa um avanço no combate à violência política e na busca pela responsabilização daqueles que atentam contra as instituições e o Estado de Direito. A espera agora é pela análise e julgamento das acusações apresentadas, visando a garantia de justiça e a preservação dos pilares fundamentais do sistema democrático.

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