Segundo o diretor do Instituto Costarriquenho de Eletricidade (ICE), Roberto Quirós, este El Niño tem sido um dos mais complicados da história da Costa Rica. Isso porque o país possui uma matriz energética verde, com 99% de sua produção vindo de fontes renováveis, sendo que 75% dessa produção é gerada em hidrelétricas. No entanto, a falta de chuvas no período de seca (novembro a maio) tem impactado diretamente essas usinas.
A decisão de implementar o racionamento de energia não foi tomada de forma leviana, mas sim como uma medida de precaução para garantir que a população tenha um abastecimento mínimo de eletricidade. O racionamento pode trazer impactos na rotina dos cidadãos, com horários específicos de fornecimento de energia em determinadas regiões do país.
A situação serve como um alerta para a importância de diversificar as fontes de energia e investir em medidas de adaptação às mudanças climáticas. A Costa Rica, conhecida por sua liderança em sustentabilidade, agora se vê diante de um desafio que evidencia a vulnerabilidade de seu modelo energético diante de eventos climáticos extremos.
É fundamental que o governo e a sociedade civil trabalhem em conjunto para encontrar soluções de longo prazo para garantir a segurança energética do país e mitigar os impactos das mudanças climáticas. O racionamento de energia é apenas o primeiro passo em um processo que demandará esforços e cooperação de todos os envolvidos.