A demissão dos profissionais terceirizados foi motivada por atrasos no repasse de recursos financeiros, causando o desligamento de parte da equipe. A situação é preocupante, pois o Inmet já opera com um número reduzido de meteorologistas e outros especialistas, e apenas dois profissionais permanecem responsáveis pela previsão do tempo no estado do Rio Grande do Sul.
O contrato dos profissionais terceirizados era uma parceria entre a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e o Ministério da Agricultura e Pecuária, por meio da Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc). Com a liberação parcial dos recursos na última semana, alguns profissionais puderam ser mantidos, mas a continuidade dos demais depende do repasse financeiro para honrar os salários até o final da parceria.
A falta de investimento e a redução de pessoal no Inmet são uma realidade há anos, com a última entrada de servidores ocorrendo em 2006. Atualmente, dos 208 profissionais ativos no instituto, grande parte está próxima da aposentadoria, o que reforça a necessidade de novas contratações e de garantir a continuidade das operações.
O adiamento do concurso nacional unificado para o Inmet devido às chuvas no Rio Grande do Sul também preocupa, pois a falta de profissionais pode comprometer o cumprimento das metas de desempenho do órgão. A prova está marcada para agosto, e a entrada dos novos servidores só deve ocorrer no final do ano, o que limita o tempo para adaptação e contribuição efetiva dos novos profissionais.
Diante desse cenário, a categoria dos meteorologistas pede mais investimentos, reconhecimento da importância da profissão e melhores condições de trabalho para garantir a eficácia das previsões meteorológicas e a segurança da população diante dos desafios climáticos cada vez mais intensificados.