Coreia do Norte emenda Constituição e define Coreia do Sul como “Estado hostil”, aumentando tensões na península.

Na última quinta-feira (17), a Coreia do Norte surpreendeu o mundo ao anunciar uma emenda em sua constituição, na qual declara a Coreia do Sul como um “Estado hostil”. Essa decisão, seguindo um pedido do ditador Kim Jong-un, vem em um momento de tensão entre os dois países, que nunca oficialmente encerraram a Guerra da Coreia, apenas a congelaram por meio de um armistício em 1953.

A relação entre as Coreias passou por altos e baixos ao longo dos anos, com um acordo em 1991 que reconhecia os laços especiais entre os países e vislumbrava uma futura reunificação pacífica. No entanto, nos últimos anos, a Coreia do Norte vem adotando uma postura mais agressiva, culminando na emenda constitucional que define o Sul como inimigo e descarta a possibilidade de uma reunificação pacífica.

Essa mudança de paradigma também se reflete em ações concretas, como o fechamento de agências que trabalhavam para a reunificação e a instalação de artefatos bélicos na fronteira entre os dois países. A mídia estatal norte-coreana demorou a divulgar a aprovação da emenda constitucional, o que gerou especulações sobre um possível adiamento ou reversão da decisão.

Além disso, na terça-feira (15), a Coreia do Norte realizou a explosão das principais rodovias que conectavam seu território ao Sul, decretando uma separação física entre os países. Essa série de atitudes agressivas demonstra uma ruptura clara com a diplomacia que vinha sendo construída ao longo dos anos e sinaliza uma escalada na tensão entre as Coreias.

Diante desse cenário, a comunidade internacional observa com cautela os desdobramentos das ações da Coreia do Norte e a reação da Coreia do Sul frente às provocações. O futuro das relações intercoreanas parece incerto, com a possibilidade de um conflito iminente se as tensões não forem controladas.

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