Fica claro que esses jovens não estão subestimando a situação, ao contrário do que muitos possam pensar. A questão climática é um assunto recorrente entre eles, que inclusive contribuem com seus conhecimentos sobre o meio ambiente. O impacto dos desastres climáticos, como as ondas de calor e suas consequências, é tema de discussões comuns entre eles.
Porém, a fala surpreendente do garoto sobre a extinção em massa ressalta a gravidade do momento em que vivemos. A incerteza quanto ao cumprimento das metas de redução das emissões até 2030 e os resultados das conferências climáticas geram grande apreensão. Se as temperaturas continuarem a subir, a extinção em massa pode se tornar realidade, o que causa um sentimento que já é identificado e tratado como um quadro clínico: a ecoansiedade.
Não podemos esquecer que essa geração não é responsável pela crise climática. Nós, como geração anterior, temos muito a fazer para ajudar a resolver o problema que, infelizmente, deixamos para eles. É necessário agir em conjunto para pressionar governos e corporações a pararem de explorar petróleo e desmatar, além de buscar por justiça climática em escala global.
O diálogo sobre a extinção em massa durante o almoço despertou não apenas preocupações, mas também a consciência de que é necessário agir. As palavras de apoio e a busca pela sobremesa mostram a preocupação em acalmar o temor desses jovens diante de um futuro incerto. É hora de assumirmos a responsabilidade e oferecer apoio para enfrentar a crise climática que afeta a todos, incluindo as gerações presentes e futuras.