Confronto entre Israel e Hamas reúne centenas de pessoas em eventos de solidariedade e repúdio ao terrorismo

Na noite desta terça-feira (10), dois eventos na capital paulista reuniram centenas de pessoas em meio à guerra entre Israel e Hamas. O primeiro aconteceu no restaurante e centro cultural Al Janiah, na região da Bela Vista, onde cerca de 300 pessoas se reuniram em solidariedade ao povo palestino. O local foi tomado por bandeiras da Palestina e cânticos improvisados em apoio à população da região. A jornalista palestino-brasileira Soraya Misleh marcou presença e destacou que os ataques a Israel são uma resposta à situação vivida pelos palestinos, que sofrem com a ocupação e violência brutal.

Já na praça Cinquentenário de Israel, em Higienópolis, cerca de 1.500 pessoas se reuniram em um evento contra o terrorismo da facção Hamas. O evento contou com a participação do presidente da Federação Israelita de São Paulo, Marcos Knobel, de um veterano das Forças de Defesa de Israel e de uma cidadã israelense que leu uma carta comovente de uma mãe para uma filha. Houve ainda um momento de silêncio em homenagem aos dois brasileiros que morreram nos ataques terroristas, seguido pela performance da cantora Fortuna entoando o hino de Israel.

Os confrontos entre Israel e Hamas já deixaram quase 2.000 mortos, sendo mais de mil do lado israelense e 830 do lado palestino. O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, descreveu o ataque como uma “selvageria nunca vista desde o Holocausto”. Após a ofensiva do Hamas, Israel lançou mísseis em Gaza e declarou guerra à facção terrorista, impondo um “cerco total” ao território palestino controlado pelo grupo.

A Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre o Território Palestino ocupado já identificou evidências de que crimes de guerra foram cometidos no conflito. A organização afirmou que tais evidências serão compartilhadas com o Tribunal Penal Internacional. “Já existem evidências claras de que crimes de guerra podem ter sido cometidos na última explosão de violência em Israel e Gaza, e todos aqueles que violaram o direito internacional e atacaram civis devem ser responsabilizados por seus crimes”, declarou a comissão em comunicado.

Diante da escalada da violência na região, os eventos realizados em São Paulo buscaram expressar solidariedade às vítimas e, ao mesmo tempo, repudiar o terrorismo. As manifestações refletem a preocupação da comunidade internacional com a situação e a busca por soluções pacíficas para o conflito.

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