Conflito no Sudão deixa 18 milhões enfrentando insegurança alimentar e 8 milhões abandonaram suas casas, alerta ONU

Há dez meses, o Sudão vem enfrentando um conflito que tem devastado o país e causado um enorme impacto na vida de milhões de pessoas. O chefe da ONU para causas humanitárias, Martin Griffiths, destacou que o povo sudanês perdeu quase tudo: segurança, lares e sustento vital.

O estado de Gezira, que era conhecido por sua agricultura antes da guerra, foi duramente afetado pelo conflito, levando a uma crescente crise de fome que afeta quase 18 milhões de pessoas. Além disso, as hostilidades comprometeram as redes de abastecimento de água e deixaram 75% das instalações médicas inutilizáveis, o que tem contribuído para o aumento de doenças como cólera, malária e sarampo.

Outro aspecto alarmante é o número de pessoas deslocadas de suas casas devido à guerra. Segundo a ONU, quase oito milhões de pessoas tiveram que fugir e 1,5 milhão encontraram refúgio em países vizinhos. No campo de deslocados de Zamzam, um dos maiores do país, entre 300 mil e 500 mil pessoas estão abrigadas, e a situação é tão grave que uma criança está morrendo a cada duas horas, de acordo com Médicos Sem Fronteiras.

Diante desse cenário de sofrimento épico, a ONU estima que são necessários 2,7 bilhões de dólares (equivalente a 13,4 bilhões de reais) este ano para ajudar 14,7 milhões de pessoas necessitadas no país. A organização destaca a urgência de recursos para prestar assistência humanitária à população sudanesa.

Diante desse panorama desolador, é fundamental que a comunidade internacional se mobilize para ajudar o Sudão a superar essa crise humanitária. A situação no país é de extrema urgência e exige ação imediata para evitar que mais vidas sejam perdidas e que o sofrimento do povo sudanês perdure.

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