Trajando uma bata branca adornada com simbologias africanas, Evaristo foi acompanhada por renomados escritores da AML. O evento contou com a presença de diversas personalidades, como o ex-ministro e deputado federal Patrus Ananias, a deputada federal Célia Xakriabá, a colecionadora de arte Angela Gutierrez e o poeta Ricardo Aleixo. O momento mais esperado foi quando Ailton Krenak, membro da AML, colocou o distintivo acadêmico em Evaristo, simbolizando a chegada da escritora à instituição.
Durante seu discurso de posse, Evaristo reforçou seu compromisso em trazer novas perspectivas e leituras à literatura presente na AML. Com uma obra que já vendeu mais de 500 mil livros e conquistou prêmios importantes, a autora promete continuar dando voz às mulheres negras subalternizadas e tornando-as protagonistas de suas narrativas.
A presença marcante da família de Evaristo, a cena de um jantar preparado com alimentos cultivados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e pequenos agricultores da região, além de detalhes como a cenografia em referência ao orixá Oxum, tornaram a posse de Conceição Evaristo um momento especial e memorável na história da AML.
A chegada da escritora à instituição representa não apenas a conquista de um espaço para a diversidade e inclusão, mas também a possibilidade de redefinição e renovação dentro do cenário literário acadêmico. Com um olhar voltado para o passado e para o futuro, Evaristo traz consigo não apenas sua trajetória pessoal, mas também o peso de uma história familiar marcada pela luta e pela superação.