O ministro da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, anunciou na segunda-feira (18/12), em Washington, a criação de uma coligação militar no Mar Vermelho, liderada pelos Estados Unidos e denominada “Guardião da Prosperidade”. O anúncio revelou que vinte países participariam da coligação, incluindo a Espanha, o que gerou descontentamento no governo espanhol, que não foi consultado previamente.
A porta-voz do governo espanhol, Pilar Alegría, alertou que a Espanha “nunca participaria numa operação [de forma] unilateral” e exerceria “a máxima cautela”. A formação desta coalizão constitui uma fonte adicional de tensão para as relações entre Madri e Washington, recentemente perturbadas por um caso de espionagem. A Espanha expulsou discretamente dois agentes americanos que se infiltraram nos serviços secretos espanhóis.
Em seu comunicado de imprensa, o Ministério da Defesa considerou oportuno esclarecer que “Espanha é e será sempre um aliado sério e confiável” das missões militares da UE, da Otan e das Nações Unidas, “como demonstram os 3 mil homens e mulheres das forças armadas espanholas” atualmente empenhados em missões de paz.
Drones são derrubados no Mar Vermelho em direção a navio americano
No último sábado (23/12), os Estados Unidos anunciaram que quatro drones que seguiam em direção a um destroyer americano no sul do Mar Vermelho foram derrubados. Tudo indica que eles tenham sido lançados de áreas do Iêmen controladas pelos houthis.
O Comando Central americano (Centcom) divulgou que esses ataques são os 14º e 15º contra navios comerciais dos rebeldes houthis desde 17 de outubro. Os rebeldes houthis, aliados do Irã, que controlam a maior parte do Iêmen, estão atrapalhando o comércio marítimo mundial ao atacar navios que passam pelo Estreito de Bab el Mandeb, no extremo sul do Mar Vermelho, em resposta à guerra liderada por Israel em Gaza.
O Centcom afirmou ter respondido aos pedidos de socorro de dois navios atacados neste fim de semana. Um navio-tanque de bandeira norueguesa relatou ter evitado por pouco um ataque de drone, enquanto um navio-tanque de propriedade gabonesa e de bandeira indiana afirmou ter sido atingido.
Dois mísseis balísticos também foram “disparados contra rotas marítimas internacionais no sul do Mar Vermelho, a partir de áreas do Iêmen controladas pelos huthis”. Entretanto, nenhum navio foi atingido por esses disparos, segundo o Centcom.
Esses eventos só aumentam a tensão entre as potências mundiais em uma região estratégica para o comércio internacional. Mais informações sobre este assunto podem ser encontrados nas fontes fornecidas.
