O advogado Omar Mora Tosta, representante dos detidos, afirmou à AFP que os colaboradores estão em “desaparecimento forçado”, já que não foi possível localizá-los nos locais de reclusão habituais, como o Sebin (serviço de inteligência) e Dgcim (contrainteligência). Segundo Tosta, apesar do promotor ter informado sobre a detenção, eles ainda não foram encontrados.
Os dirigentes Henry Alviárez e Dignora Hernández foram detidos na quarta-feira, um dia antes do início do prazo de inscrição de candidaturas para as eleições presidenciais de 28 de julho, onde o atual presidente Nicolás Maduro buscará um terceiro mandato. A detenção dos colaboradores de Machado levantou preocupações sobre a transparência e o respeito aos direitos humanos no país.
Organizações de direitos humanos e a oposição venezuelana têm denunciado repetidamente a repressão do governo de Maduro contra dissidentes políticos e opositores. A falta de acesso dos detidos aos advogados e o silêncio das autoridades sobre o paradeiro deles levantam ainda mais preocupações sobre o respeito ao devido processo legal e aos direitos individuais na Venezuela. A situação dos colaboradores de María Corina Machado deve continuar sendo monitorada de perto nas próximas semanas.