Até então, apenas dois campos de energia eram conhecidos: o campo gravitacional e o campo magnético, responsáveis por manter a atmosfera e proteger o planeta do vento solar, respectivamente. Agora, o campo ambipolar se junta a esses dois como uma força fundamental que contrabalança a gravidade e expulsa partículas para o espaço.
A hipótese da existência desse campo elétrico ambipolar surgiu há 60 anos, sugerindo que ele conduzia partículas da atmosfera para o espaço, especialmente sobre os polos da Terra. Graças ao foguete Endurance, lançado a partir de Svalbard, na Noruega, os pesquisadores puderam finalmente medir esse campo, que se mostrou fundamental na “elevação dos céus” e na moldagem da ionosfera.
Os íons de hidrogênio presentes no vento polar experimentam uma força externa do campo ambipolar 10,6 vezes mais forte que a gravidade, lançando-os ao espaço em velocidades supersônicas. Isso tem um papel crucial na evolução da atmosfera e dos oceanos do nosso planeta.
Com a descoberta e medição desse terceiro campo energético da Terra, surgem diversas perguntas sobre sua função exata e seu impacto na evolução do planeta. A possibilidade de explorar esse fenômeno levanta novos caminhos para a pesquisa científica neste campo.
Portanto, a detecção do campo ambipolar representa um avanço significativo na compreensão dos mecanismos que regem o funcionamento do nosso planeta e abre portas para novas descobertas sobre sua complexidade e evolução ao longo do tempo.
