Segundo Brown, a necessidade de investimentos em fontes de energia de baixo carbono se faz urgente para que as metas de descarbonização de longo prazo sejam atingidas. No entanto, ele alerta que, caso haja um atraso na transição para uma economia mais sustentável, as emissões de carbono no país podem aumentar, o que tornaria o objetivo de emissão líquida zero praticamente inatingível.
O contexto político em que essas decisões estão sendo tomadas é marcado por um contraste evidente entre os dois principais candidatos à presidência dos Estados Unidos. Enquanto o atual presidente, Donald Trump, tem priorizado políticas energéticas favoráveis aos combustíveis fósseis e enfraquecido as iniciativas de combate às mudanças climáticas, o candidato democrata, Joe Biden, tem defendido a promoção de fontes de energia limpa e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Trump já sinalizou a intenção de reverter várias das políticas adotadas por Biden, que incluem incentivos fiscais para veículos elétricos e normas mais rígidas de emissões para o setor automotivo e de energia. Além disso, há a expectativa de que, se reeleito, ele retire novamente os Estados Unidos do acordo climático de Paris, firmado durante o governo Obama, e estreite os laços com os executivos do setor de petróleo em busca de apoio financeiro.
Diante dessas divergências e incertezas, o futuro da política energética dos Estados Unidos e seus reflexos no cenário global permanecem como uma grande interrogação para os investidores e para todos aqueles que acompanham de perto a transição para uma economia mais sustentável. A espera pelo desfecho das eleições e as consequentes decisões que serão tomadas pelo próximo governo prometem manter a comunidade internacional atenta e em constante especulação.