De acordo com dados da Folha, as enchentes atingiram cerca de 303 mil edificações residenciais e 801 estabelecimentos de saúde, conforme informações do IBGE e da UFRGS. Além disso, 682 unidades de ensino, 1.347 templos religiosos e 2.601 propriedades agropecuárias foram total ou parcialmente submersas. Três municípios tiveram mais da metade de seus imóveis invadidos pela água ou lama, com Eldorado do Sul sendo o mais afetado, com 71% das residências inundadas.
A tragédia no Rio Grande do Sul se tornou a pior do país em termos de desalojados. Mais de meio milhão de pessoas precisaram deixar suas casas, registrando o maior número já visto no Brasil. A situação em Porto Alegre é especialmente crítica devido ao relevo e hidrografia da região, que retardam o escoamento da água. Mesmo com um sistema sofisticado de prevenção contra inundações, a cidade enfrenta dificuldades para lidar com as consequências das chuvas.
A bacia hidrográfica do Guaíba foi severamente afetada, com os sete principais rios do estado transbordando para níveis acima do considerado inundado. O rio Taquari, em Estrela, teve a maior cheia em 150 anos, atingindo 70% a mais do que o nível de inundação da região. O cenário é de calamidade e a população sofre com as consequências desse desastre natural sem precedentes.
Diante dessa situação crítica, é fundamental a mobilização de recursos e apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, a fim de amenizar os impactos e iniciar o processo de recuperação das áreas afetadas. A solidariedade e a união de esforços são essenciais para superar esse momento de adversidade e reconstruir o estado diante de tamanha destruição.