Durante as missões Apollo dos EUA, os astronautas que exploraram a Lua tiveram momentos de solidão quando circulavam no lado oculto do astro, sem contato com o restante da humanidade. Essa sensação de isolamento só foi quebrada quando a China enviou suas missões espaciais Chang’e 4 e 6 para o lado afastado da Lua, inaugurando uma nova era de exploração e descobertas.
Com a chegada da Chang’e 6, a China deu um passo significativo ao pousar no lado afastado da Lua e planejar trazer amostras de solo para a Terra. Para possibilitar a comunicação nessa região isolada, foram necessários satélites de retransmissão que orbitam logo além da Lua, garantindo que mesmo a face oculta do nosso satélite natural não fique livre de ondas artificiais.
A explicação para a face oculta da Lua estar tão diferente da face visível está na mecânica celestial, que de forma poética nos revela como a ação das marés terrestres alongou a Lua em direção à Terra, forçando-a a girar em sincronia com seu movimento orbital. Assim, apenas um lado da Lua é visível da Terra, enquanto o outro permanece oculto, criando um mistério intrigante para os cientistas.
A Lua, nosso satélite natural mais próximo, guarda segredos e enigmas em seu lado afastado, revelando que mesmo um objeto celeste tão conhecido pode esconder surpresas e desafiar nossas noções sobre o cosmos. A exploração contínua do lado oculto da Lua nos leva a novas descobertas e nos convida a refletir sobre a vastidão e complexidade do universo.