Essa nova abordagem, que vai contra a visão tradicional de que a mulher deve ser a principal responsável pelas tarefas do lar e pela educação dos filhos, tem gerado debates e reflexões sobre a igualdade de gênero na China. Alguns especialistas acreditam que essa mudança é um reflexo da crescente conscientização sobre os direitos das mulheres e a necessidade de equilibrar as responsabilidades familiares entre homens e mulheres.
Essa tendência também reflete as transformações sociais e econômicas que estão ocorrendo no país nos últimos anos. Com a crescente participação das mulheres no mercado de trabalho e o aumento da pressão por igualdade de gênero, muitas famílias estão repensando os papéis tradicionais de gênero e buscando formas mais equitativas de organizar a vida familiar.
No entanto, essa mudança não tem sido fácil para muitas famílias chinesas. Muitas vezes, os casais que adotam o modelo de pais em tempo integral enfrentam críticas e resistência por parte da sociedade, que ainda carrega fortes valores patriarcais. Além disso, a falta de políticas de apoio à família, como licença parental remunerada e creches acessíveis, dificulta a implementação desse novo modelo de família.
Apesar dos desafios, a tendência de país em tempo integral na China mostra que a sociedade está em constante evolução e aberta a novas formas de organização familiar. Através dessas mudanças, as famílias chinesas estão buscando construir um ambiente mais igualitário e acolhedor para todos os seus membros, independente do gênero.