China anuncia emissão de dívidas para impulsionar mercado imobiliário e recapitalizar bancos, buscando tranquilizar investidores e estimular economia.

A China anunciou neste sábado (12) uma série de medidas para impulsionar o mercado imobiliário, recapitalizar bancos e ajudar governos locais com dificuldades financeiras. O ministro das Finanças, Lan Fo’an, revelou em uma entrevista coletiva em Pequim que o governo emitirá mais dívidas para sustentar o crescimento econômico do país.

Segundo Lan, o governo planeja mais medidas de estímulo além das anunciadas, destacando que o aumento do déficit e da dívida pública tem espaço significativo. Essas ações têm como objetivo tranquilizar os investidores em relação aos esforços de Pequim para impulsionar a economia chinesa, que enfrenta desafios devido à persistente desaceleração do setor imobiliário e repressões em setores como comércio eletrônico e finanças.

Os mercados aguardam sinais de que o governo chinês aumentará os gastos fiscais para apoiar os planos de estímulo monetário, tendo em vista a incerteza em relação à força da segunda maior economia do mundo. A falta de clareza sobre um apoio fiscal mais robusto durante uma recente entrevista coletiva das autoridades estatais fez com que as ações na China despencassem. A expectativa é de que as medidas de estímulo possam reverter esse cenário e impulsionar a confiança dos consumidores e do mercado de ações.

Para atingir esses objetivos, Pequim pretende emitir títulos para permitir que governos locais comprem terras ociosas de incorporadoras e ajudar grandes bancos a reabastecer capital. Além disso, o governo fornecerá mais auxílio a grupos vulneráveis, como estudantes e pessoas de baixa renda. A expectativa é que o próximo encontro do Congresso Nacional do Povo aprove os montantes específicos de estímulo fiscal adicional nas próximas semanas.

Economistas estimam que a China precisará gastar até 10 trilhões de yuans (US$ 1,4 trilhão) ao longo de dois anos em medidas de estímulo adicionais para reaquecer sua economia. A falta de clareza sobre o pacote de estímulo fiscal central pode gerar incerteza nos investidores, mas analistas acreditam que as medidas anunciadas representam uma mudança fundamental na economia chinesa, visando restaurar a confiança dos consumidores e empreendedores.

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