Desde a decisão do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, em 2018, de retirar os Estados Unidos de um acordo histórico que envolvia o Irã e as principais potências mundiais, o cenário nuclear na região tem se tornado cada vez mais tenso e imprevisível. O acordo, que visava limitar as atividades nucleares de Teerã em troca de um alívio nas sanções econômicas, desmoronou, deixando o Irã livre para acelerar seu enriquecimento de urânio e diminuir a cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica.
Diante desse contexto desafiador, a visita de Rafael Grossi ao Irã é vista como uma tentativa de reverter o quadro atual e restabelecer algum nível de controle sobre as atividades nucleares do país. No entanto, analistas e diplomatas alertam que as margens de influência de Grossi são limitadas e que ele deve ter cautela para não cair em promessas vazias por parte do governo iraniano.
A contínua deterioração das relações entre o Irã e as potências ocidentais, aliada à postura beligerante adotada por alguns líderes políticos, tem gerado preocupações em todo o mundo. A comunidade internacional aguarda com apreensão os resultados da missão de Rafael Grossi, na esperança de que ela possa representar um passo significativo em direção à estabilização da segurança nuclear na região.