Os resultados da corrida reforçam a hegemonia dos atletas africanos na tradicional prova de rua, principalmente os quenianos, sem que o Brasil tenha conseguido ocupar o lugar mais alto do pódio há mais de uma década. A última vez que um corredor brasileiro venceu foi em 2008, quando Marílson Gomes dos Santos conquistou o título pela terceira vez. No feminino, a última vitória brasileira foi em 2006, com Lucélia Peres.
Desde então, atletas da África, principalmente quenianos, têm se destacado, com os corredores do país africano liderando a prova em conquistas, tendo vencido 34 vezes, desde a fase internacional com estrangeiros, iniciada em 1945. O queniano Paul Tergat é o maior vencedor entre os homens, com cinco títulos da São Silvestre. Entre as mulheres, o recorde é da portuguesa Rosa Mota, com seis triunfos consecutivos.
Cerca de 35 mil competidores participaram da prova, que percorreu os 15 km do percurso, passando por alguns dos principais pontos turísticos de São Paulo, como o estádio do Pacaembu, as Avenidas Ipiranga e São João e a Praça da República, além da famosa e temida subida da Avenida Brigadeiro Luís Antônio. A largada aconteceu na Avenida Paulista e a chegada foi em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, organizadora do evento.
Além dos atletas profissionais, a São Silvestre é marcada pela presença de corredores amadores fantasiados, como boxeadores, noivas, Ayrton Senna, super-heróis, Chapolin e estrelas do rock. A competição é um dos principais eventos esportivos do país e reúne atletas de elite e amadores de todo o mundo, tornando-se uma tradição na cidade de São Paulo.