Casas Bahia retorna às origens em busca de superar crise financeira

A Casas Bahia, uma das maiores redes varejistas do Brasil, está passando por uma crise financeira e busca se reestruturar para superar os desafios. Fundada em 1952 pelo imigrante polonês Samuel Klein, a empresa decidiu voltar às suas origens e concentrar-se no negócio que deu origem ao grupo: a venda de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Dessa forma, ela pretende economizar até R$ 1 bilhão em estoques neste ano.

Segundo Renato Franklin, presidente do grupo Casas Bahia, a estratégia de se tornar uma empresa generalista estava demandando um alto investimento, enquanto o cliente fiel da marca já estava concentrado nos setores de móveis e eletrodomésticos. Com isso, a empresa decidiu deixar de comprar e vender outras categorias de produtos, como artigos para festa, decoração, perfumaria e cosméticos, pet shop, alimentos e bebidas. Esses produtos continuarão disponíveis no site, mas apenas por meio de vendedores terceirizados.

A Casas Bahia também está adotando medidas para reduzir suas despesas e melhorar a eficiência operacional. A empresa está utilizando ferramentas de inteligência artificial para personalizar suas campanhas publicitárias por região, o que deve resultar em uma economia anual de R$ 200 milhões. Além disso, a empresa planeja se desfazer de ativos, como imóveis, e está fechando cem pontos de venda que estão operando com prejuízo. Com isso, ela espera manter sua geração de caixa até 2025, quando espera atingir o crescimento sustentável.

Apesar dos desafios financeiros enfrentados pela Casas Bahia, Franklin afirmou que a empresa está confortável para continuar operando. Embora a empresa tenha um endividamento significativo, ela possui R$ 2,5 bilhões em caixa atualmente. Para recuperar a confiança do mercado, a empresa mudou seu nome de Via para Grupo Casas Bahia S.A. e retomou o slogan histórico da marca, “Dedicação total a você”, além de contar com o retorno do garoto propaganda Fabiano Augusto.

No segundo trimestre deste ano, a empresa registrou um prejuízo de R$ 492 milhões, em comparação a um lucro de R$ 6 milhões no mesmo período do ano anterior. No entanto, Franklin acredita que a percepção de risco do mercado em relação à empresa é equivocada e que a Casas Bahia irá entregar resultados trimestre após trimestre para recuperar a confiança dos investidores.

Com as mudanças estratégicas e as medidas de redução de despesas, a Casas Bahia espera superar a crise financeira e garantir seu lugar como uma das principais varejistas do país.

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