Durante a cerimônia, que celebrava o Tratado de Latrão assinado entre o Reino da Itália e a Santa Sé no início do século XX, Parolin também reiterou sua condenação aos ataques do Hamas e a todas as formas de antissemitismo. No entanto, suas observações não foram bem recebidas por todos.
A embaixada israelense na Santa Sé, em um comunicado emitido posteriormente, classificou as declarações de Parolin como “deploráveis”, ressaltando que a legitimidade de uma guerra deve ser avaliada levando em conta todos os elementos e considerando a “estrutura geral” da situação em Gaza, que teria sido transformada pelo Hamas em uma “base terrorista”.
Essa turbulência diplomática entre as autoridades católicas e o Estado judeu não é algo novo desde o início da guerra em outubro. As relações diplomáticas têm sido marcadas por tensões e desentendimentos.
O posicionamento de Parolin trouxe à tona a questão da proporção e legitimidade dos meios de defesa adotados por Israel em Gaza, levando a uma troca de acusações e críticas entre as autoridades religiosas e diplomáticas. Essa situação reflete o impacto da guerra não apenas nas vidas das pessoas diretamente envolvidas, mas também nas relações internacionais e nas opiniões e posicionamentos de altos funcionários religiosos e governamentais. A controvérsia envolvendo Parolin e as autoridades israelenses sinaliza a complexidade e sensibilidade das relações internacionais, especialmente em meio a crises e conflitos.