O principal destaque do encontro foi o alerta sobre o vírus sincicial, que apesar de mais comum no inverno, pode circular em outras estações do ano e ocasionar surtos em qualquer época. A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, ressaltou a concentração de casos nas extremidades das faixas etárias, afetando principalmente crianças e idosos.
De acordo com Maria Goretti, a atenção especial ao público infantil é crucial, principalmente diante do aumento de casos de SRAG por VSR desde o final do ano passado. A diretora alertou os pais para observarem sinais de dificuldades respiratórias em suas crianças, pois a infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório pode evoluir rapidamente, especialmente em crianças menores de quatro anos.
Os sintomas mais comuns da infecção pelo VSR incluem coriza, tosse leve e febre, porém a doença pode evoluir para quadros mais graves, principalmente em crianças menores de 2 anos. No Paraná, foram notificados mais de 6.000 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave neste ano, sendo quase 25% deles em crianças menores de 5 anos.
O monitoramento da doença no estado é realizado por meio de Unidades Sentinelas, onde são coletadas amostras clínicas para diagnóstico e estudos complementares. Embora ainda não exista uma vacina contra o VSR, a imunoglobulina é utilizada para induzir imunização passiva em casos de infecção.
Diante da gravidade da infecção respiratória pelo VSR, a Sesa disponibiliza o medicamento Palivizumabe em todas as 22 Regionais de Saúde, para proteger crianças prematuras e com comorbidades. A administração do medicamento ocorre entre os meses de abril e agosto, durante o período de sazonalidade da doença.
Portanto, é fundamental que os pais estejam atentos aos sintomas e cuidados necessários para prevenir a infecção pelo VSR, garantindo a saúde e bem-estar de seus filhos.