A situação se agravou com a brecha que permitiu que menores inelegíveis votassem nas eleições locais e federais usando uma cédula pelo correio ordenada por alguém com 18 anos ou mais. Outro problema relacionado às cédulas enviadas pelo correio para diferentes eleições que tiveram que ser colocadas em um único envelope.
O fato de que Berlim sediou sua maratona internacional no mesmo dia das eleições dificultou o acesso a algumas seções eleitorais, exacerbando o caos. Tal situação resultou na renúncia do principal funcionário eleitoral de Berlim alguns dias após o pleito.
O caos que ocorreu no pleito de 2021 já havia levado à anulação das eleições locais pelo Tribunal Constitucional de Berlim em novembro de 2022. A anulação das eleições locais foi a primeira vez que isso aconteceu na Alemanha por questões organizacionais.
A repetição da votação federal não deverá ter grande efeito, mas o mesmo não pode ser dito das eleições locais. Quando os eleitores voltaram às urnas em fevereiro de 2023, a conservadora CDU obteve a maioria dos votos, dando fim à coalizão de esquerda que governava a cidade-estado, formada por SPD, A Esquerda e Partido Verde.
Esses problemas que afetaram o processo eleitoral levantam diversas questões sobre a organização das eleições na Alemanha e a necessidade de medidas para garantir a lisura e a credibilidade do processo democrático. As autoridades locais e federais precisam trabalhar em conjunto para evitar que situações como essas voltem a ocorrer, assegurando a confiança dos cidadãos no sistema eleitoral.