Em contrapartida, os recursos privados totalizaram R$ 916,9 milhões, provenientes de doações de pessoas físicas, autodoações e financiamento coletivo. Apenas 40,3% das campanhas informaram ter recebido algum tipo de doação dessa natureza. A distribuição desigual desses recursos também reflete a disparidade racial e de gênero, uma vez que candidatos brancos receberam a maior parte dos valores, sendo destinados R$ 3,2 bilhões (60,39%) para esse grupo.
Além disso, no que diz respeito à distribuição por gênero, os homens dominaram o recebimento de recursos, ficando com R$ 3,9 bilhões (73,65%), enquanto as mulheres receberam R$ 1,4 bilhão (26,35%). Os partidos que mais repassaram recursos aos seus candidatos foram o PL, PSD, União Brasil, MDB e PT, em ordem de valores recebidos.
São Paulo se destaca como o estado com maior volume de recursos recebidos pelos candidatos, totalizando 19,79% do montante total, com pouco mais de R$ 1 bilhão destinados às candidaturas paulistas. Por fim, as campanhas mais caras até o momento foram as dos candidatos à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes, seguidos por Alexandre Ramagem no Rio de Janeiro e Eduardo Paes.
Esses números revelam a importância do financiamento eleitoral na disputa política e a necessidade de uma maior transparência e equidade na distribuição desses recursos para garantir a igualdade de oportunidades entre os candidatos.