Candidatos à Prefeitura de São Paulo debatem sobre Polícia Militar, aborto e descriminalização das drogas em confronto acalorado.

Durante o último debate promovido pela Record e pelo Estadão entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, um dos momentos mais aguardados foi a troca de perguntas entre o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes, e Guilherme Boulos, do PSOL. A tensão cresceu quando Nunes questionou Boulos sobre suas posições em relação a questões polêmicas como o fim da Polícia Militar, a legalização do aborto e a descriminalização das drogas.

De forma direta e incisiva, Nunes pediu para Boulos responder com um simples “sim” ou “não” se ele já foi a favor da liberação de drogas, do fim da Polícia Militar e da legalização do aborto. A resposta do candidato do PSOL foi enfática. Ele reafirmou seu apoio a um modelo policial baseado no que faz sucesso na Europa, que trata todos os cidadãos de forma igualitária, independente de sua origem ou condição social.

Além disso, Boulos fez questão de ressaltar a diferença entre traficantes e dependentes químicos, criticando a postura de Nunes em relação ao tratamento dos usuários de drogas. Ele defendeu que os dependentes precisam de tratamento e assistência, ao invés de serem tratados como criminosos.

Sobre a questão do aborto, Boulos deixou claro que, apesar de defender a vida, é a favor das garantias legais que permitem a interrupção da gravidez em casos específicos, como estupro, risco de vida ou inviabilidade do feto. Ele argumentou que o papel do prefeito é cumprir a lei de forma criteriosa.

A troca de acusações também marcou o embate. Boulos acusou o prefeito de ter pessoas “muito suspeitas” em seu círculo íntimo, citando o exemplo de Eduardo Olivatto, que seria cunhado de Marcola, líder do PCC, e estaria envolvido em atividades ilícitas ligadas a obras na prefeitura.

O debate foi intenso e revelador das visões e propostas dos candidatos, deixando claro as diferenças de abordagem e estratégia de cada um em relação aos principais temas que afetam a cidade de São Paulo. A população terá a oportunidade de avaliar e decidir nas urnas quem será o próximo prefeito da maior cidade do país.

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