Com 95% dos votos apurados, Ramaswamy havia angariado 7,7% da preferência dos eleitores em Iowa, enquanto Trump tinha 51% de apoio, o maior percentual já obtido em uma disputa pelo partido. Ron DeSantis ficou em segundo, com 21,2% dos votos, seguido por Nikki Haley, com 19,1%.
O resultado fortaleceu a perspectiva de um novo embate entre Trump e Biden em novembro, visto que Ramaswamy, defensor ferrenho do ex-presidente durante a maior parte da campanha, mudou de estratégia nos dias que antecederam o caucus de Iowa. Ele passou a chamar Trump de fraude e se apresentar como um candidato do “outro lado” no partido.
Ramaswamy, que considerava Trump “o melhor presidente americano do século 21”, prometeu conceder indulto ao ex-presidente caso seja eleito, cobrando uma posição quanto a isso dos outros candidatos.
O empresário, que começou a ganhar projeção entre o eleitorado conservador americano há pouco mais de dois anos ao criticar a adesão de empresas a causas sociais e políticas, é autor do best-seller “Woke, Inc.: Por Dentro do Golpe de Justiça Social da América Corporativa”.
Ele defende que empresas não devem abraçar bandeiras como diversidade e proteção do meio ambiente, argumentando que não cabe a elas fazer o julgamento moral necessário para definir quais valores sociais devem ser perseguidos.
Ramaswamy se negou, por exemplo, a divulgar um posicionamento sobre o assassinato de George Floyd, que desencadeou uma onda de protestos antirracistas nos Estados Unidos e mundo afora.
Os pais de Ramaswamy migraram da Índia para Ohio, no centro-oeste do país, onde o político nasceu e foi criado. O pai trabalhou como engenheiro na General Electric e a mãe, como psiquiatra geriátrica.
O filho de imigrantes indianos conseguiu chamar a atenção no primeiro debate das primárias do partido, em agosto do ano passado, e sua performance foi elogiada pelo empresário e investidor Elon Musk.
Vivek Ramaswamy, no entanto, nunca concorreu a um cargo público e ainda é em grande parte desconhecido. Sua desistência da corrida republicana culminou em seu apoio ao ex-presidente Trump, reforçando a perspectiva de um embate histórico entre Trump e Biden em novembro.