Segundo informações provenientes do último debate sobre a sucessão de Barbosa, o presidente Petro apresentou a sua lista tríplice ao Supremo Tribunal de Justiça cinco meses atrás. Para ser empossado, o novo chefe do MP precisa receber, no mínimo, 16 votos dos 23 magistrados que compõem a Corte. A votação, que se estendeu até o dia 25 de janeiro, acabou sem consenso, com 13 votos em branco. Caso a Corte não chegue a um acordo até a data limite estabelecida, a vice-procuradora Marta Mancera assumirá o cargo, aumentando a tensão, já que Petro pediu a troca da vice-procuradora.
A situação se agravou ainda mais com acusações de corrupção envolvendo a vice-procuradora Marta Mancera, que é considerada o braço direito de Barbosa e foi investigada por proteger funcionários corruptos que trabalhavam no distrito de Buenaventura.
Além disso, o presidente Petro tem sido alvo de diversos ataques, com alegações de tentativas de golpe contra o seu governo, como o episódio envolvendo o ex-diretor da Associação de Oficiais Reformados das Forças Militares da Colômbia em março de 2023. Outras acusações incluem tentativas de golpe em junho e sabotagem por congressistas que barraram reformas propostas pelo presidente.
Com a crise se aprofundando e o impasse no Ministério Público cada vez mais arraigado, o cenário político na Colômbia se mostra cada vez mais tenso e incerto. Resta aguardar os desdobramentos desses conflitos para compreender a dimensão do impacto nas diversas esferas de poder do país.