Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a quebra na safra afetou principalmente o café conilon, atualmente muito demandado no mercado externo. Com problemas na produção do Vietnã e perspectivas de novos problemas climáticos no país asiático, os preços internacionais atingiram patamares recordes. A previsão é de que o Brasil produza 15,2 milhões de sacas de café conilon, uma redução de 6% em relação ao ano anterior.
Por outro lado, a produção de café arábica, no qual o Brasil é líder mundial, teve um leve aumento para 39,6 milhões de sacas, um acréscimo de 1,7% em relação ao ano anterior. Minas Gerais, maior produtor nacional, deverá colher 28 milhões de sacas, uma queda de 3,3% em relação a 2023.
Com 95% da safra já colhida, a produtividade média é de 28,8 sacas por hectare, uma redução de 1,9% em relação ao ano anterior. Os preços do café no mercado interno continuam aquecidos, com a saca de café robusta atingindo R$ 1.518 e a do arábica em R$ 1.494, valores que têm surpreendido os produtores.
Além das questões relacionadas ao café, o Brasil também avança na regulamentação dos produtos plant-based. Hambúrgueres vegetais, leites de amêndoas e queijos veganos estão cada vez mais presentes no cotidiano dos brasileiros, porém a falta de regras claras para sua comercialização e rotulagem tem gerado insegurança. O Ministério da Agricultura promove uma audiência pública para discutir a regulamentação desses produtos, buscando estabelecer parâmetros que garantam a segurança e transparência para consumidores e indústrias.