A expectativa para a performance do cantor havaiano era alta, afinal, os ingressos para suas duas datas no festival se esgotaram em apenas uma hora. E ele não decepcionou. Sua apresentação foi marcada por um clima de romance vintage e brega, com uma mistura de soul, R&B, reggae, jazz e funk, executados de forma impecável por Mars e sua banda, The Hooligans. Além disso, o cantor também mostrou seu lado bem-humorado, com dancinhas coordenadas e a interpretação de vários de seus sucessos.
A energia do show de Bruno Mars foi bastante diferente do caos e da festa que ocorreu no dia anterior com o headliner Post Malone. Enquanto Malone cantava sem camisa e tomava cerveja, Mars trouxe um clima mais descontraído, porém muito bem executado. O público do The Town parece ter se identificado mais com a apresentação de Mars, que teve um repertório que não apresentou grandes novidades, mas conseguiu matar a saudade dos fãs brasileiros.
Uma das poucas novidades no setlist foi a canção “Leave the Door Open”, que faz parte do projeto Silk Sonic, formado por Mars e Anderson .Paak. De resto, o repertório foi baseado nos três discos de estúdio do cantor. Mars também mostrou seu carisma, interagindo com o público e até falando algumas palavras em português, como quando brincou em um telefone falso antes de cantar “Wake Up in the Sky”.
Outro momento marcante foi quando o público cantou “Evidências”, de Chitãozinho e Xororó, acompanhado pelo pianista de Mars. Com um estilo musical contemporâneo, mas com uma clara influência das décadas passadas, Mars entregou uma apresentação técnica e divertida, repleta de sucessos.
No geral, a performance de Bruno Mars no The Town foi mais uma prova de seu talento e carisma, capaz de sustentar duas noites lotadas em um mesmo festival. Seu show foi uma viagem musical por diferentes estilos, que agradou os fãs e criou uma atmosfera de festa.