Entretanto, o cenário não se manteve constante nas edições seguintes. Após conquistar o 12º lugar em Tóquio-2020, o Brasil perdeu fôlego em Paris 2024, encerrando sua participação fora dos dez primeiros colocados. Apesar das conquistas individuais, como os três ouros de Bia Souza, Rebeca Andrade e da dupla Ana Patrícia e Duda, o país não conseguiu superar outros 19 países que estavam à frente no quadro de medalhas.
Uma análise da evolução do desempenho de países que sediaram as Olimpíadas nas últimas décadas revelou um padrão interessante. Em geral, é esperado que o país anfitrião apresente uma melhoria em seu desempenho nas Olimpíadas em comparação com edições anteriores. A França, por exemplo, ficou em 8º lugar em Tóquio-2020 e projeta-se terminar em 5º lugar em Paris 2024.
Contudo, existem exceções a essa regra, como o caso da Grécia, que não conseguiu manter o legado olímpico após sediar os jogos em Atenas-2004. A situação econômica do país afetou diretamente seu desempenho subsequente, resultando em uma queda significativa no quadro de medalhas.
Em relação ao Brasil, mesmo não alcançando o pódio nos dez primeiros colocados em Paris 2024, o país teve o segundo maior percentual de representantes em finais da sua história. Isso demonstra que houve uma evolução na presença de atletas brasileiros em estágios mais avançados das competições olímpicas.
A participação feminina foi um destaque na delegação brasileira em Paris, representando a maioria dos atletas enviados e conquistando a maioria dos pódios. Dos 20 pódios brasileiros, 12 foram conquistados por mulheres e os três ouros foram todos femininos, destacando a força e o talento das atletas brasileiras.
Apesar dos desafios e da intensa competição em um evento de proporções globais, a participação do Brasil nas Olimpíadas continua a inspirar e motivar atletas e amantes do esporte em todo o país. O legado das Olimpíadas vai além das medalhas conquistadas e reflete o esforço, dedicação e paixão dos brasileiros pelo esporte.