A proposta, preparada pelos ministérios da Fazenda, Meio Ambiente e Relações Exteriores, foi apresentada aos países da OTCA (Organização do Tratado de Cooperação Amazônica) pela ministra Marina Silva. A ideia é captar recursos de fundos soberanos de diferentes países para financiar a conservação das florestas.
Corrêa do Lago explicou que a proposta será apresentada durante a COP28 em um evento paralelo e ainda será aperfeiçoada com contribuições de países com florestas tropicais. A proposta brasileira visa criar uma espécie de “Fundo Amazônia internacional”.
Criado no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008, o Fundo Amazônia capta doações internacionais para financiar ações de preservação da Amazônia. Recentemente, o fundo recebeu alocamentos da Suíça e dos Estados Unidos, totalizando R$ 3,4 bilhões.
O embaixador ressaltou a importância da conservação das florestas, enfatizando que a Fundo Amazônia internacional será direcionado para um objetivo que, atualmente, tem pouco financiamento.
Além da proposta de criação do fundo, o governo brasileiro apresentará na COP28 uma série de propostas para a conservação e recuperação de florestas e terras degradadas. Um dos programas pretende financiar produtores para transformar pastagens degradadas em lavouras com uso de agricultura sustentável.
Outra proposta é a recuperação de áreas desmatadas em terras públicas, unidades de conservação e terras indígenas, por meio de projetos de recuperação natural, concessões e projetos agroflorestais.
A comitiva brasileira para a COP28, chefiada por Lula, partirá para Dubai na noite de 28 de outubro, com a presença de dez ministros e dos presidentes da Câmara e do Senado. A partir dessas iniciativas, o Brasil busca destacar a importância da conservação das florestas e a necessidade de limitar o aumento da temperatura global, reforçando a preocupação com as mudanças climáticas.