Apesar da desqualificação, o Comitê Olímpico Internacional (COI) permitiu que Khelif participasse das Olimpíadas, defendendo seu direito de competir. O advogado da atleta, Nabil Boudi, informou que a autora J.K. Rowling e o empresário Elon Musk serão citados no processo devido a comentários feitos nas redes sociais.
Durante as competições, a participação de Khelif gerou grande discussão nas redes sociais, especialmente após a boxeadora italiana Angela Carini abandonar a luta contra a argelina. O Ministério Público de Paris iniciou uma investigação de cyberbullying após a denúncia feita por Khelif, visando a responsabilização daqueles que enviaram mensagens dentro do território francês.
Elon Musk e J.K. Rowling foram criticados por comentários feitos nas redes sociais em relação a Khelif, com Rowling acusando a boxeadora de “curtir a angústia de uma mulher que ela havia acabado de socar” e Musk compartilhando postagens que questionavam a participação de homens em esportes femininos.
Após vencer a medalha de ouro, Khelif declarou que os ataques sobre seu gênero tornaram sua vitória ainda mais significativa. A boxeadora reforçou que é uma mulher e merece competir no esporte feminino, destacando que sua vitória contra a campeã mundial chinesa foi especialmente gratificante depois de ter sido desqualificada no ano anterior.
Apesar das controvérsias e da pressão enfrentada, Khelif se mantém firme em sua posição e celebra sua vitória olímpica. A ação judicial movida por ela reflete a luta contra o cyberbullying e a defesa do direito das mulheres de participarem de competições esportivas. O caso continua em desenvolvimento, com Musk e Rowling aguardando para fornecer suas versões sobre o ocorrido.