Após aproximadamente 34 horas sem nenhuma conexão interna e externa, a conectividade em Gaza começou a voltar espontaneamente por volta das 4h locais. O restabelecimento parcial do sinal de internet e das linhas telefônicas foi uma surpresa, já que não houve nenhum reparo na infraestrutura da principal empresa de telefonia palestina, a Paltel. Abdulmajeed Melhem, diretor-executivo da empresa, afirmou que Tel Aviv foi responsável tanto pelo corte quanto pela reativação do serviço.
Além do restabelecimento parcial das comunicações, o fornecimento de água também foi retomado de forma parcial. Israel reabriu o segundo dos três dutos que abastecem Gaza, disponibilizando cerca de 28,5 milhões de litros para o território palestino. No entanto, essa quantidade ainda é insuficiente para atender às necessidades humanitárias da população.
Apesar dessas pequenas melhorias, a situação em Gaza continua preocupante. Milhares de pessoas invadiram depósitos da ONU em busca de alimentos e itens básicos, evidenciando a privação e a crise humanitária que assola a região. O diretor do escritório da agência das Nações Unidas para refugiados palestinos em Gaza, Thomas White, alertou que os saques são um sinal de que a “ordem civil está começando a colapsar”.
Enquanto isso, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou por telefone com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, reforçando o direito de Israel de se defender, mas ressaltando a importância de proteger os civis e agir de acordo com o direito humanitário internacional.
Enquanto as negociações diplomáticas continuam, Israel prossegue com sua ofensiva terrestre em Gaza, com tanques sendo vistos no norte do território. Embates pontuais entre as tropas israelenses e os combatentes do Hamas têm ocorrido, evidenciando os confrontos constantes e a situação de instabilidade na região.
O número exato de soldados operando em território palestino ainda não é conhecido, mas o Exército israelense afirma que o aumento do contingente tem sido gradual. Enquanto isso, a população de Gaza continua enfrentando os impactos devastadores dessa escalada do conflito, com vítimas civis e uma situação humanitária cada vez mais precária.
Com a incerteza em relação ao futuro da região, a comunidade internacional segue pressionando por um cessar-fogo e buscando maneiras de aliviar o sofrimento da população palestina. No entanto, as ações continuadas de Israel e a resistência do Hamas indicam que a resolução desse conflito ainda está distante. Enquanto isso, milhões de pessoas em Gaza permanecem presas em meio à violência e à destruição.