Bombardeio em larga escala de Israel em Gaza completa dois meses de guerra e gera deslocamento e mortes.

Nos últimos meses, a guerra na Faixa de Gaza atingiu níveis alarmantes de violência, com um número crescente de mortos e feridos, bem como um impacto devastador na vida cotidiana dos civis. No último sábado, Israel bombardeou a Faixa de Gaza de norte a sul, aumentando ainda mais a intensidade do conflito.

Os ataques aconteceram um dia depois de os Estados Unidos usarem seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para proteger Israel de uma demanda global por cessar-fogo. Os ataques deixaram um rastro de destruição e morte, com relatos de dezenas de mortos e centenas de feridos, incluindo crianças.

No sul do território, dois hospitais em funcionamento na região relataram 133 mortes e 259 feridos em 24 horas. Autoridades de saúde locais informaram que mais de 17 mil palestinos morreram desde o início da guerra, iniciada após Israel sofrer um ataque do grupo terrorista Hamas.

De acordo com a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), quase 85% dos 2,3 milhões de pessoas que vivem na densa Faixa de Gaza foram deslocadas. Os bombardeios se espalharam por todo o território, levando moradores e agências da ONU a afirmar que não há mais lugares seguros para ir.

A situação nos hospitais é desesperadora, com relatos de mortos e feridos chegando em grande número. As ambulâncias muitas vezes não conseguem chegar aos locais de bombardeios e os hospitais estão sobrecarregados. A população está vivendo um verdadeiro pesadelo humanitário, sem acesso a água, alimentos e eletricidade.

Israel alega que está limitando os danos aos civis fornecendo mapas mostrando áreas seguras, mas os palestinos afirmam que a campanha se transformou em uma guerra de terra arrasada contra toda a população. Enquanto isso, os Estados Unidos pediram a Israel mais ações para proteger os civis na próxima fase da guerra.

A comunidade internacional tem expressado profunda preocupação com a situação na Faixa de Gaza, pedindo um cessar-fogo imediato para evitar mais mortes e sofrimento. No entanto, as negociações têm enfrentado obstáculos, com o veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU e a escalada da violência no território palestino.

A população de Gaza está à beira de um “abismo” e vive um “pesadelo humanitário”, conforme alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres. A situação parece longe de um desfecho pacífico, com ambos os lados relatando um aumento significativo nos combates e no sofrimento da população civil.

Ao que tudo indica, a guerra na Faixa de Gaza continua a causar um impacto devastador e duradouro, com um saldo de mortes e destruição cada vez maior. A trégua parece longe de se tornar uma realidade, com os bombardeios e a violência persistindo, levando a comunidade internacional a pressionar por uma solução urgente para evitar mais mortes e sofrimento.

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