Os ataques aconteceram um dia depois de os Estados Unidos usarem seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para proteger Israel de uma demanda global por cessar-fogo. Os ataques deixaram um rastro de destruição e morte, com relatos de dezenas de mortos e centenas de feridos, incluindo crianças.
No sul do território, dois hospitais em funcionamento na região relataram 133 mortes e 259 feridos em 24 horas. Autoridades de saúde locais informaram que mais de 17 mil palestinos morreram desde o início da guerra, iniciada após Israel sofrer um ataque do grupo terrorista Hamas.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA), quase 85% dos 2,3 milhões de pessoas que vivem na densa Faixa de Gaza foram deslocadas. Os bombardeios se espalharam por todo o território, levando moradores e agências da ONU a afirmar que não há mais lugares seguros para ir.
A situação nos hospitais é desesperadora, com relatos de mortos e feridos chegando em grande número. As ambulâncias muitas vezes não conseguem chegar aos locais de bombardeios e os hospitais estão sobrecarregados. A população está vivendo um verdadeiro pesadelo humanitário, sem acesso a água, alimentos e eletricidade.
Israel alega que está limitando os danos aos civis fornecendo mapas mostrando áreas seguras, mas os palestinos afirmam que a campanha se transformou em uma guerra de terra arrasada contra toda a população. Enquanto isso, os Estados Unidos pediram a Israel mais ações para proteger os civis na próxima fase da guerra.
A comunidade internacional tem expressado profunda preocupação com a situação na Faixa de Gaza, pedindo um cessar-fogo imediato para evitar mais mortes e sofrimento. No entanto, as negociações têm enfrentado obstáculos, com o veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU e a escalada da violência no território palestino.
A população de Gaza está à beira de um “abismo” e vive um “pesadelo humanitário”, conforme alertou o secretário-geral da ONU, António Guterres. A situação parece longe de um desfecho pacífico, com ambos os lados relatando um aumento significativo nos combates e no sofrimento da população civil.
Ao que tudo indica, a guerra na Faixa de Gaza continua a causar um impacto devastador e duradouro, com um saldo de mortes e destruição cada vez maior. A trégua parece longe de se tornar uma realidade, com os bombardeios e a violência persistindo, levando a comunidade internacional a pressionar por uma solução urgente para evitar mais mortes e sofrimento.