Aldo Rebelo, que possui uma longa trajetória ligada à esquerda, foi deputado federal por cinco mandatos pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e também ocupou ministérios no governo de Lula e Dilma Rousseff. No livro “Amazônia – A Maldição de Tordesilhas”, Aldo faz duras críticas à política ambiental do governo Lula, especialmente no que diz respeito à atuação de ONGs na região, que ele classifica como um “Estado paralelo” a serviço de “interesses internacionais”.
Antes mesmo de assumir a Presidência, Bolsonaro já era conhecido por seus ataques às ONGs que atuam na Amazônia, tornando esse tema um ponto central de seu governo. Aldo Rebelo, que passou por diversos partidos antes de chegar ao MDB, atual sigla do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, foi escolhido por Nunes para assumir a Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura.
A decisão de Nunes em selecionar Aldo foi bem recebida por Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido ao qual Nunes é filiado. A presença do ex-presidente no evento de lançamento do livro de Aldo Rebelo evidencia uma possível aproximação entre os dois políticos, o que pode gerar repercussões no cenário político nacional.