Esta não é a primeira vez que Bolsonaro se hospeda no Bandeirantes, sede do governo paulista, tendo estado no local pelo menos em outras três ocasiões, como quando esteve na capital paulista para uma cirurgia de correção de desvio de septo, em setembro do ano passado.
Além de Tarcísio, outros dois governadores já confirmaram presença no ato, Jorginho Mello (PL-SC) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO). A expectativa é que o governador paulista seja um dos poucos a discursar no evento, conforme Bolsonaro afirmou em entrevista na última quarta-feira (21). A manifestação conta também com o apoio de mais de cem deputados, segundo Fabio Wajngarten, advogado e ex-secretário de Bolsonaro.
O ato ocorre em meio a investigações da Polícia Federal sobre a atuação de Bolsonaro no planejamento de um golpe de Estado para se manter no poder. No entanto, o próprio ex-presidente pediu aos apoiadores que não levem faixas e cartazes contra ninguém durante o evento, afirmando que o objetivo é se defender de todas as acusações que têm sido imputadas a ele nos últimos meses.
A estratégia de evitar faixas e cartazes é uma tentativa de conter o acirramento com o STF e o ministro Alexandre de Moraes, que preside inquéritos que podem levar Bolsonaro a novas condenações. Caso seja processado e condenado, o ex-presidente poderá ficar inelegível por mais de 30 anos e pegar uma pena de até 23 anos de prisão.
Bolsonaro já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral e é alvo de diferentes investigações no STF, estando inelegível ao menos até 2030. A manifestação promovida por ele e seus apoiadores ganha destaque diante do cenário de tensão política e jurídica que o envolve.