O VSR é o principal agente causador de bronquiolite em bebês, uma doença respiratória comum e altamente contagiosa, que pode resultar em internações hospitalares. Este vírus é responsável por 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias em crianças pequenas, de acordo com especialistas.
O aumento da circulação do VSR tem gerado um aumento na incidência e mortalidade por infecções respiratórias nessa faixa etária. O número de novas internações por VSR tem superado as internações por Covid em crianças de até dois anos nas últimas oito semanas epidemiológicas.
Em resposta a essa situação, a Anvisa aprovou, em 1º de abril deste ano, a primeira vacina para gestantes contra o VSR, desenvolvida pela Pfizer. A vacina Abrysvo oferece uma proteção de 82% a bebês de até três meses de idade contra infecções graves.
Além disso, no cenário nacional, observa-se um sinal de crescimento de síndromes respiratórias no longo prazo e um cenário de estabilização no curto prazo. Em relação à SRAG por Covid, o vírus continua em queda, com alguns estados mantendo estabilidade em níveis baixos.
A incidência de casos de SRAG por Covid também afeta crianças, e a cada quatro dias, em média, a Covid ainda mata três crianças no Brasil. A baixa cobertura vacinal nessa faixa etária tem sido associada à persistência da mortalidade. A vacina contra o vírus é parte do Calendário Nacional de Vacinação de 2024 e é indicada para crianças a partir de seis meses até menores de cinco anos.
Em 2024, foram notificados mais de 38 mil casos de SRAG, com destaque para o VSR, a Influenza A, a Covid-19 e a Influenza B. A vacinação contra a gripe está sendo realizada em diversas regiões do país desde março, com a expectativa de imunizar 75 milhões de pessoas.
Em relação aos óbitos, o crescimento da influenza A começa a se aproximar dos percentuais observados para a Covid-19. Vinte e três unidades federativas apresentam crescimento de SRAG no longo prazo, o que mostra a necessidade de medidas preventivas e campanhas de vacinação em todo o país.