A Starliner, da Boeing, decolou em junho com dois astronautas a bordo para uma missão de teste de alto risco. Essa missão é obrigatória antes que a Nasa possa certificar a nave para voos de rotina com astronautas, algo que a cápsula Crew Dragon, da SpaceX, conseguiu em 2020.
No entanto, a missão de teste da Starliner, que estava prevista para durar cerca de oito dias, teve que ser prolongada devido a problemas no sistema de propulsão da nave. A Boeing e a Nasa estão trabalhando para resolver esses problemas que colocam em dúvida a capacidade da Starliner de retornar com segurança à Terra com sua tripulação.
A Nasa está considerando a possibilidade de uma cápsula Crew Dragon ter que trazer os astronautas de volta para casa, caso a Starliner não esteja pronta. A agência afirmou que ainda não foi tomada nenhuma decisão a respeito do retorno da Starliner.
Os atrasos na missão da Starliner têm custado caro para a Boeing, com um prejuízo de 125 milhões de dólares registrados em valores mobiliários. Desde 2016, a empresa já acumula um prejuízo total de 1,6 bilhão de dólares no programa, lutando para construir uma espaçonave que possa competir com a Crew Dragon, da SpaceX, que é mais experiente e menos cara.
A situação da Starliner coloca em evidência os desafios e obstáculos enfrentados pelas empresas do setor aeroespacial na corrida espacial, onde cada detalhe pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma missão.