BNDES anuncia disponibilidade de R$ 3 bilhões do Fundo Amazônia para novos projetos de preservação da Floresta

O Fundo Amazônia, que tem como objetivo captar recursos estrangeiros para financiar ações de proteção da Floresta Amazônica, conta atualmente com um saldo de R$ 3 bilhões para financiar novos projetos. Essa informação foi divulgada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela administração do fundo, e pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 1° de outubro.

Segundo o balanço divulgado, somente em 2023, o Fundo Amazônia recebeu R$ 726 milhões em doações de países estrangeiros, o que representa um dos maiores montantes desde a sua criação em 2008. Além disso, o fundo aguarda o repasse de R$ 3,1 bilhões anunciados por doadores, mas que ainda não foram transferidos.

Caso todos os projetos protocolados para solicitar recursos do fundo sejam aprovados, haverá uma demanda por R$ 2,2 bilhões dos R$ 3 bilhões disponíveis no momento. O Fundo Amazônia foi criado em 2008, durante o segundo mandato do presidente Lula, e tem se mostrado essencial para a preservação da floresta. A preservação da floresta é uma das principais bandeiras do governo Lula nas agendas no exterior.

No entanto, apesar do financiamento recorde do Fundo Amazônia, o Amazonas enfrentou em 2023 um grande desafio ambiental. No mês de outubro, o estado teve 3.858 focos de incêndio, o maior número para o mês desde 1998, quando começou a série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O Amazonas também sofreu com a maior seca em 121 anos, resultando na interrupção do transporte fluvial e em nuvens de fumaça que cobriram a cidade de Manaus, causadas pelo recorde de queimadas.

Apesar dos desafios enfrentados, o governo federal, pressionado pela crise ambiental, aprovou a ampliação dos recursos disponíveis para os nove Estados da Amazônia Legal atuarem no combate a incêndios florestais e queimadas ilegais, aumentando o total empenhado para R$ 405 milhões.

Além disso, houve questionamentos em relação à possibilidade de captar recursos do Fundo Amazônia para financiar obras da rodovia BR-319, que cruza a Floresta Amazônica. A obra é contestada por ambientalistas devido aos possíveis impactos nocivos ao meio ambiente. No entanto, a diretora do fundo afirmou que, em seu entendimento, os recursos do fundo não podem ser utilizados nesse tipo de iniciativa, pois devem ser direcionados para ações de enfrentamento ao desmatamento, restauro florestal e geração de emprego e renda sustentável para manter a floresta em pé.

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