Com o aporte da BlackRock, a Brasol espera dobrar sua capacidade de geração de energia, passando de 100 para 200 megawatts, além de aumentar o número de projetos em andamento. Essa é a primeira vez que o CFP realiza um investimento na América Latina. Até então, a Siemens Financial Services (SFS) era a principal investidora da Brasol, sendo majoritária no negócio desde 2020.
A Brasol tem como principal atividade a geração de energia solar, por meio da construção de usinas solares para consumidores de diferentes portes. No entanto, após o investimento da Siemens, a empresa expandiu seu portfólio para projetos de eficiência energética e redes de carregamento para veículos elétricos. O CEO da Brasol, Ty Eldridge, afirmou que enxerga um grande potencial nesse segmento.
A parceria com a BlackRock também tem a expectativa de criar até 5.000 empregos diretos e indiretos, além de proporcionar uma maior participação da Brasol no setor de transmissão e distribuição de energia. Durante o anúncio da parceria, Eldridge mencionou a nova regulação para geração distribuída como um incentivo ao desenvolvimento de novos produtos.
Para a BlackRock, o Brasil está bem posicionado para a transição econômica de baixo carbono, que mobilizará grandes volumes de capital. Karina Saade, presidente da BlackRock no Brasil, enfatizou que os investidores têm voltado cada vez mais sua atenção para o país. A empresa vê o Brasil como um importante destino de investimentos nesse contexto de descarbonização.
Anmay Dittman, diretora e gerente de portfólio do CFP da BlackRock, destacou o foco claro da Brasol em sua atuação, sendo um desenvolvedor solar líder no setor comercial e industrial, com presença em quase todos os estados brasileiros. A transação entre as empresas deve ser concluída até o final deste ano, envolvendo a participação da XP Investimentos e dos escritórios Pinheiro Neto, Clifford Chance, Cescon Barrieu Advogados, Lobo de Rizzo Advogados, White & Case, Barbosa, Müssnich e Aragão Advogados, e Apollon Law Group.