De acordo com a ordem emitida pelo bispo, os padres devem analisar criteriosamente se os fiéis que se aproximam do altar para receber a comunhão realmente estão alinhados com a doutrina da Igreja Católica, especialmente no que diz respeito à questão do aborto. Caso seja identificado que o fiel apoia o aborto, a comunhão deverá ser negada.
Essa decisão tem sido interpretada como uma interferência indevida do bispo na vida política e pessoal dos fiéis, uma vez que a decisão de apoiar ou não o aborto é uma escolha individual e não diz respeito diretamente à comunhão com a Igreja.
Alguns críticos argumentam que a ordenação do bispo é uma violação do direito à liberdade de expressão e de consciência dos fiéis. Eles acreditam que a Igreja Católica deveria estar mais preocupada em acolher e orientar os fiéis, independentemente de suas opiniões políticas.
Por outro lado, há aqueles que veem a posição do bispo como uma defesa dos valores e princípios católicos. Para eles, é importante que a Igreja mantenha sua posição firme contra o aborto, que é considerado um pecado. Essas pessoas apoiam a decisão do bispo e acreditam que ele está agindo de acordo com os preceitos religiosos.
É importante ressaltar que essa decisão do bispo, embora repercuta amplamente, é uma medida restrita à diocese de Caruaru e não necessariamente reflete a posição de toda a Igreja Católica. Cada bispo tem autonomia para tomar decisões e direcionamentos específicos para a sua diocese.
Nesse contexto, é fundamental que as discussões em torno dessa questão sejam pautadas no respeito à diversidade de opiniões e nos direitos individuais. Tanto os fiéis quanto as autoridades religiosas devem buscar o diálogo e a compreensão mútua, a fim de evitar a polarização e preservar a liberdade religiosa de todos.