Para Gates, o Brasil é um exemplo do que acontece quando um país investe de forma inteligente no cuidado com os mais vulneráveis, destacando a importância dos avanços do país na saúde pública. Ele ressaltou que, em aproximadamente três décadas, o Brasil reduziu a mortalidade materna em quase 60%, diminuiu a mortalidade infantil de menores de cinco anos em 75% e aumentou a expectativa de vida em quase uma década, superando as tendências globais.
O empresário também citou a importância dos agentes comunitários de saúde no Brasil, enfatizando que o país tem mais de 286 mil agentes comunitários que atendem quase dois terços da população, visitando cerca de 100 a 150 residências por mês, oferecendo orientação sobre saúde e higiene, cuidados preventivos, acompanhamento pós-consultas médicas, coleta de dados socioeconômicos e auxílio na navegação por serviços governamentais.
Além disso, Gates destacou o impacto do programa Bolsa Família na redução da mortalidade infantil no país, mencionando uma pesquisa que mostrou que os programas de transferência de renda impediram cerca de 740 mil mortes de crianças abaixo de cinco anos no Brasil, México e Equador, e reduziram em 28% a mortalidade infantil no Brasil entre 2000 e 2019.
Apesar de reconhecer os progressos feitos pelo Brasil, Gates ressaltou que o país ainda enfrenta desafios, como cortes nos gastos com saúde e regiões onde os residentes mais pobres não têm acesso aos agentes comunitários de saúde. No entanto, ele enfatizou a importância de se inspirar na abordagem brasileira para promover um mundo mais saudável, ressaltando que cada país é único, mas é possível traçar caminhos com o Brasil em mente para alcançar melhorias na saúde pública. Gates finalizou suas publicações enfatizando a importância do Brasil continuar no caminho do progresso e servir de inspiração para outros países.