Essa postura vai de encontro à preocupação manifestada pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Wellington Dias, que defendeu um limite zero de benefícios sociais para apostas online. O ministro solicitou um novo levantamento ao Ministério da Fazenda para verificar se beneficiários do BPC e do Seguro Defeso também estariam utilizando recursos de programas sociais em apostas online, desvirtuando os objetivos essenciais desses programas.
Os recursos públicos destinados aos programas sociais são fundamentais para garantir o sustento das famílias mais vulneráveis e não deveriam ser utilizados em jogos de azar. Com a carga tributária no país aumentando e os contribuintes brasileiros tendo que trabalhar mais de 100 dias por ano apenas para o pagamento de tributos, é inadmissível que recursos importantes sejam desviados para atividades de apostas.
Mesmo após a rejeição de uma emenda e a apresentação de um projeto de lei para vedar a participação de beneficiários do CadÚnico e do BPC em apostas de quota fixa, a questão ainda permanece em discussão. É essencial que haja uma prestação de contas sobre o uso dos recursos públicos nos programas sociais e é preciso evitar a inação diante desse problema, que só tende a agravar a desigualdade social no país.
A coerência com o contribuinte brasileiro e a proteção dos cidadãos mais necessitados devem ser prioridades na condução dessas questões. É fundamental agir com rapidez e assertividade para garantir a efetividade dos programas sociais e impedir que o dinheiro público seja desviado para atividades de apostas, prejudicando aqueles que mais necessitam de suporte do governo.