No que diz respeito à expansão da agropecuária na Amazônia, a questão utiliza um trecho de um artigo científico que alerta para o aumento do desmatamento, garimpo e extração de madeira na região. Essa temática tem sido alvo de preocupação por parte de entidades ambientalistas na sociedade civil, que há tempos vêm denunciando os impactos dessas atividades para o meio ambiente.
Já em relação ao Cerrado, a prova faz uso de um artigo publicado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) que aborda a expansão de práticas industriais no agronegócio da região. O texto ressalta o uso de maquinário pesado, aplicação em massa de agrotóxicos, privatização de grandes áreas e precarização do trabalho manual.
A questão 71 da prova trata da exclusividade de pessoas mais ricas para acessarem viagens espaciais e apresenta uma charge que ironiza essa situação. Nela, é retratado um bilionário descendo de uma nave espacial em outro planeta enquanto um indígena alerta um alienígena, por meio de uma videochamada, para não confiar nesse bilionário.
A bancada ruralista considera que essas questões manifestam um “negacionismo científico” contra o setor agropecuário, que, além de garantir a segurança alimentar ao Brasil e ao mundo, é alvo de mentiras massificadas. Para a frente parlamentar, isso resulta em uma divisão que estimula conflitos agrários. Portanto, eles consideram a anulação das questões indiscutível e em respeito à academia científica brasileira.
Além disso, a frente parlamentar da agropecuária também planeja encaminhar um requerimento de informações ao Ministério da Educação para obter esclarecimentos sobre as referências bibliográficas adotadas no Enem, bem como o funcionamento das bancas organizadoras.
É importante ressaltar que o texto acima reproduz o conteúdo encontrado na nota divulgada pela bancada ruralista e não tem como objetivo tomar partido ou expressar opinião.