De acordo com a B3, a companhia aérea terá seus títulos excluídos de vários índices, incluindo Ibovespa, IBRA, IBXX, ICO2, IDVR, IGCT, IGCX, ITAG, IVBX e SMLL, com seu preço de fechamento após o término do pregão regular na terça-feira (30). A participação será redistribuída proporcionalmente aos demais integrantes da carteira com o devido ajuste nos redutores.
Enquanto as ações preferenciais da Gol continuarão a ser negociadas normalmente, elas passarão a ser listadas na B3 sob o título de “Outras Condições” a partir do pregão de terça-feira. O anúncio da exclusão das ações da Gol causou um impacto significativo no pregão desta segunda-feira, com uma queda de 33,61% nas ações. Os papéis da companhia aérea encerraram o dia a R$ 3,93, em comparação com R$ 6,65 na quarta-feira, totalizando uma queda acumulada de 40,9%.
Essa queda resultou no valor de mercado da companhia aérea chegando a R$ 1,64 bilhão, de acordo com levantamento da Elos Ayta Consultoria. Enquanto isso, a Bolsa de Valores fechou em queda de 0,36%, atingindo 128.502,69 pontos.
Além disso, na sexta-feira (26), o juiz Martin Glenn aceitou o pedido da empresa aérea para seguir no processo de proteção contra falência nos EUA, o chamado “Chapter 11”. Com isso, as partes envolvidas ficam proibidas de abrir ou dar continuidade a quaisquer ações judiciais ou administrativas contra os devedores, entre outros impedimentos.
A Gol também teve um pedido de liberação de empréstimo autorizado pelo Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York. A companhia anunciou que começaria o processo legal nos EUA com um compromisso de financiamento de US$ 950 milhões (R$ 4,676 bilhões) na modalidade DIP (debtor in possession).
Até o momento, a empresa aérea não se manifestou sobre a decisão. A notícia da exclusão das ações da Gol dos índices da B3 e do processo de recuperação judicial nos EUA tem gerado impacto tanto no mercado financeiro quanto na companhia aérea. Acompanharemos de perto os desdobramentos e os reflexos dessas decisões nos próximos dias.