Avanços e desafios no tratamento da fibrose cística: impactos positivos dos moduladores CFTR na qualidade de vida dos pacientes.

As discussões sobre a fibrose cística têm ganhado destaque no Brasil nos últimos anos. Um dos motivos para esse aumento de interesse está ligado ao esforço da comunidade de pacientes, que busca constantemente melhores opções de tratamento e maior acesso ao diagnóstico precoce. Com mais de 6 mil brasileiros convivendo com a doença, a busca por soluções que melhorem a qualidade de vida dessas pessoas se torna crucial.

A fibrose cística é uma doença rara, diagnosticada através do teste do pezinho, do teste do suor e de exames genéticos. Causada por uma mutação no gene CFTR, a doença faz com que as secreções do paciente sejam mais espessas que o normal, resultando em sintomas como tosse crônica, infecções respiratórias recorrentes, dificuldade para ganhar peso, entre outros.

Recentemente, avanços na medicina proporcionaram o desenvolvimento de moduladores da proteína CFTR, que, embora não curem a doença, são capazes de melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo sintomas e complicações graves.

A sociedade civil tem desempenhado um papel fundamental na ampliação do debate sobre o acesso a novas tecnologias no campo científico e na busca por tratamentos mais eficazes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Iniciativas como o Fórum Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde para Doenças Raras têm contribuído para essa discussão.

Atualmente, com a distribuição de moduladores pelo SUS e a celebração dos primeiros pacientes a receberem o tratamento, a comunidade de pacientes com fibrose cística comemora conquistas importantes. No entanto, ainda há desafios a serem superados, como a conscientização sobre a doença e a busca por diagnósticos precoces.

Eventos como o Dia Nacional de Conscientização e o Dia Mundial da Fibrose Cística, celebrados anualmente, juntamente com campanhas de conscientização como o Setembro Roxo, promovido pelo Instituto Unidos pela Vida, têm contribuído para ampliar o conhecimento sobre a doença.

Além disso, a luta pela instituição oficial do Setembro Roxo – Mês Nacional de Conscientização sobre a Fibrose Cística em todo o país, por meio do Projeto de Lei nº 4.368/2020, tem mobilizado a comunidade em busca de apoio e reconhecimento.

Em meio a todos esses esforços, a união e a solidariedade se destacam como peças-chave para enfrentar os desafios relacionados à fibrose cística. Convidamos a sociedade a se unir nessa causa, divulgando informações sobre a doença e colaborando para promover uma vida melhor para todos os pacientes.

* Verônica Stasiak Bednarczuk de Oliveira é uma das vozes ativas nessa luta, sendo fundadora do Unidos pela Vida e uma defensora incansável dos direitos e do bem-estar das pessoas com fibrose cística. Sua atuação destaca a importância de unir esforços em prol de uma causa tão relevante e urgente.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo